sexta-feira, 18 de julho de 2008
Um cometa a 250cc
Parecia até que o músico texano Jimmy James se referia a GT-R 250 quando afirmou "a beleza tem um preço", no refrão na música Fashionista. Apresentada no Salão Duas Rodas em outubro de 2007, a GT-R 250 foi um dos grandes destaques da feira por ser a primeira esportiva de 250 cc com carenagem integral a colocar os pés (ou as rodas) aqui no Brasil. As vendas começaram em janeiro de 2008 por cerca de R$ 17.300, e a curiosidade do público para conhecer a nova Kasinski, que está sozinha no segmento das esportivas de baixa cilindrada, aumentava. O número de cartas e emails que o diga!Derivada da Comet 250, a GT-R traz exatamente o mesmo projeto, com motor V2 que desenvolve generosos 32,5 cv a 10.000 rpm e 2,16 kgf.m de torque a 7.500 rpm. Os números não mentem, esta 250 ultrapassou os 150 km/h durante nossos testes, realizados com ajuda de um GPS. O quadro do tipo berço duplo é semelhante ao da Suzuki GS 500. Aliás, a semelhança não é acaso. Este é o resultado de uma antiga parceria entre a sul-coreana Hyosung, fornecedora da Kasinski, e a Suzuki, que emprestou sua tecnologia no início da década de 90.
Freia mais
A carenagem integral tem clara inspiração na italiana Ducati. Entretanto, não é a única responsável por insinuar esportividade. A suspensão dianteira invertida, o tanque que permite encaixe do piloto e o banco em dois níveis completam o estilão esportivo da 250 cc. Na dianteira os piscas possuem lentes fumê, porém, estranhamente as lentes traseiras são âmbar como na versão naked.
As diferenças entre a nova GT-R 250 e a Comet 250 não se resumem apenas a uma “roupagem” bonita. A posição de pilotagem também ficou mais esportiva por conta dos semi-guidões mais baixos e pela fixação direta nas bengalas. Dessa forma o piloto fica posicionado como numa autêntica esportiva, onde as mãos ficam quase na altura do assento e ajudam a diminuir ainda mais o centro de gravidade. Outra mudança está nas pedaleiras do piloto, agora reguláveis em quatro posições.
Ainda que a vida do garupa seja dura nas motos esportivas, devido ao desnível do banco, um novo suporte de alumínio permite que ele se segure com mais facilidade. Na Comet as alças laterais ficam distantes das mãos e não impedem que o garupa se debruce no piloto no momento das frenagens. Ainda bem, porque a GT-R vem equipada com dois discos de freio dianteiros de 300 mm (apenas um na Comet) e um traseiro de 230 mm, o que melhorou sensivelmente a eficiência na hora de parar.
Para combinar com a roupa nova, o painel analógico foi substituído por um misto que conta com conta-giros analógico e um display com hodômetros e nível de combustível ao lado de um velocímetro digital. Além do aspecto chamativo, o cristal líquido tem luminosidade suficiente para uma boa leitura mesmo durante o dia.
Completando o visual esportivo, as rodas de liga leve aro 17" calçam pneus largos para os padrões de uma 250, com as medidas 110/70 na dianteira e 150/70-17 na traseira. A medida traseira chega a ser um exagero, embora ajude na aparência de moto maior. Pensando estritamente na ciclística da moto, um pneu 130/70 seria suficiente.
Bonita e atraente, a GT-R 250 não tem concorrente direta em sua categoria. A conseqüência de sustentar um visual esportivo começa pelo aumento do peso, que passou para 182 kg em ordem de marcha, 12 kg a mais em relação a Comet naked. O preço médio praticado de R$ 17.300 faz da GT-R a 250 cc mais cara do país, já próxima dos R$ 19.000 praticados de uma Suzuki GS 500. Como diz a música de Jimmy James, "a beleza tem um preço"!
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