terça-feira, 30 de outubro de 2007

BMW de olho nas pistas...







O interesse da BMW em participar de competições esportivas está cada vez mais evidente. Após a participação na categoria E2 no Mundial de Enduro, com uma moto totalmente nova, surge a notícia de que a BMW pretende participar do mundial de Superbike em 2009. Até aí nenhuma novidade se não fosse pelo lançamento da nova HP2 Sport. Uma esportiva que, apesar de utilizar o tradicional motor Boxer, poderá ser a aposta alemã para as provas de velocidade.
Esta família está crescendo! As siglas HP2, que significa alta performance do motor boxer, foi utilizada pela primeira vez no lançamento da HP2 Enduro, uma moto feita para andar na terra que já vem com um kit de rodas para asfalto oferecidos pelo fabricante. A idéia foi bem aceita e a BM lançou a HP2 Megamoto, um segundo modelo com modificações que privilegiaram seu uso no asfalto. Os engenheiros não pararam por aí e recentemente acabam de apresentar a HP2 Sport, mais leve, ágil e potente e, quem não imagina que uma BMW com motor boxer pode competir em provas de velocidade fique sabendo que motivos não faltam.
O motor da HP2 Sport recebeu diversas modificações que priorizaram o baixo peso e a alta potência. Os cabeçotes agora são feitos em fibra de carbono e o velho comando simples de duas válvulas foi substituído por um novo comando duplo com quatro válvulas para cada cilindro. A alimentação por injeção eletrônica também recebeu melhorias e vem equipado com sistema de duas borboletas que controlam melhor o fluxo de ar melhorando a resposta em todos os regimes de rotação. O resultado obtido foi de 128 cv de potência a 8.750 rpm e 11,7 kgf.m de torque aos 6.000 rpm.
Uma das desvantagens da escolha do motor boxer está em suas dimensões que limitam a inclinação da motocicleta. Uma solução encontrada foi instalar raspadores nas pontas dos cabeçotes que funcionam como saboneteiras, impedindo que o próprio motor raspe nas curvas mais radicais.
Tudo nesta nova BMW foi projetado para priorizar a pilotagem esportiva. Começando pelo painel digital que, além de suas funções básicas como velocímetro e contagiros, marca o tempo de cada volta e indica o melhor momento para troca de marchas. O cambio possui a função Quick shifter que permite a troca de marchas sem a necessidade de acionar a embreagem nem aliviar o acelerador.
Na pista, para que o piloto tire o máximo da moto, é fundamental que todos os componentes estejam a seu favor. Quem pilotar a HP2 Sport verá que realmente tudo está para priorizar a pilotagem esportiva. As pedaleiras e os semiguidões podem ser ajustados para ficar ao gosto do freguês. A utilização de fibra de carbono em toda a carenagem e a escolha por aros de alumínio forjado ajudaram a baixar o peso e ainda contribuíram para uma boa maneabilidade e estabilidade da moto
Uma outra curiosidade foi a BMW ter optado pelas suspensões tradicionais da marca. Na dianteira foi utilizada o já conhecido sistema Paralever que separa o sistema de direção da suspensão e evita mergulhos nas frenagens. O sistema Telelever, que une em um único braço o eixo cardã e a suspensão, também foi mantido na traseira mas, agora trabalhando com um amortecedor a gás da grife Ohlins.
Todo seu design é moderno e inspira velocidade. O escape com ponteira dupla saindo entre o banco e a lanterna também sugerem a modernidade e seu ronco imita o som de motor com quatro cilindros. Os únicos se não fica por conta com dos grandes cabeçotes saltando para fora da carenagem e o grande farol que não tem formato agressivo, entretanto, causou uma certa harmonia ao restante do conjunto.
A relação peso/potência obtida foi de 1,4 kg por cavalo. Um resultado modesto se levar em contar que uma esportiva com a metade da cilindrada consegue baixar mais esta relação chegando a ficar à beira de 1,3 kg por cavalo, como é o caso da nova CBR 600 RR. No entanto, estes números não tiram o brilho desta esportiva que foge das mesmices oferecendo bom desempenho e, quem sabe, até possa realmente fazer bonito futuramente no Superbike.

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