segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pelo sagrado direito de ser...


Ainda era cedo. Os cheiros da madrugada e da manhã ainda se confundiam. E lá estava ele. Solitário e feliz, vendo passar montanhas, placas de sinalização, campos, estradas. debaixo dele uma motocicleta. Era tudo o que precisava. A certeza de estar alí, o vento, o cheiro do sol. Não importa a distância. O melhor entre o destino e a partida é o caminho. brotam asas das mão, dos olhos, das costas. Ele só queria ir e voltar. Não conseguiu.

(homenagem aos motociclistas barbaramente assassinados pelo descaso das polícias Rdoviária e Militar, na Rodovia Washington Luiz. Quem será o próximo?)

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