quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Não basta comprar uma moto. É preciso amá-la
Sou constantemente consultado por pessoas que, de uma hora para outra, resolvem ter uma moto. A primeira razão é o trânsito. E aí? o que dizer? Gente, não basta comprar uma moto. Esta não é uma opção simples entre parar em engarrafamentos ou seguir em frente pelos corredores. Motocicleta é para ser amada. E, como a tudo ao que se ama, respeitada. Você não pode passar uma vida inteira dentro de carros e acreditar que, de uma hora para a outra vai se habilitar e sobreviver a uma motocicleta. Os detalhes a se considerar são tantos: A percepção e posicionamento no tráfego, a pilotagem defensiva e segura ( o que não significa pura a simplesmente seguir devagar), a malícia de se observar tudo e dar o menor espaço possóvel ao azar. E mesmo assim, saber e ter a convicção de estar exposto. Tenho e piloto motocicletas desde os 17 anos. E olha que já estou com 50. Três tombos na carreira e um número infinito de sustos. Mas, não me entendam mal. Não estou fazendo a apologia do medo. Apenas pedindo que reflitam se esta é uma opção sensata, ou baseada em um impulso. As motocicletas têm que ser amadas. Só assim você se preservará em cima dela. Ligar uma moto pela manhã, faça chuva ou sol, frio ou calor, não é uma opção banal. Voltar para casa à noite, entre caminhões, ônibus e centenas de motohomicidas ( leia-se descuidados) não é tarefa para amador. Quem vê a moto apenas como meio de transporte está trafegando em uma linha tênue entre a vontade de chegar logo em algum lugar e o não chegar a lugar nenhum. Se ao ver uma moto,você se vê tomado pela emoção de querer estar perto dela e admirá-la é um bom começo. Desde que não seja em um congestionamento. Você pode estar apenas confundindo sentimentos. Pense bem e seja feliz.
domingo, 1 de agosto de 2010
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